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ROBERTO FRANKLIN
( Brasil – Rio de Janeiro )
Roberto Franklin Falcão da Costa. Nasceu em 16 de Janeiro de 1955, em São Luís, Maranhão, Brasil.
É odontólogo de profissão, formado pela Universidade Federal do Maranhão.
Além de “Todos os Sonhos”, de sua paixão pela poesia surgiram as seguintes publicações: Além da Esperança – poesias, 2016; Tuas Mãos – poesias, 2026; Tempo de Amar – poesias, 2016; Amor Sempre – poesias e textos, 2016 da Editora Bookess. Como experiência internacional, participa também do Grupo Souspoeta em Portugal. Atualmente é membro da Academia Mundial de Literatura e Cultura ocupando a cadeira no. 91, tendo como patrono o conterrâneo Odylo Costa Filho e membro correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni.
I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora). São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018. 298 p. ISBN 978-85-68280-12-6 No 10 353
DESPREZO
Se for entrar, que entre sorrindo,
Entrelace teus braços nos meus,
Tuas pernas, nas minhas.
Sinta o calor de meus carinhos,
Alimente-se dos meus beijos,
Grite, enlouqueça, mate seus desejos.
Se for sair, saia, esqueça o dia,
Não olhe para trás,
Aqui não chegaste,
Não deixaste nada,
Não recebeste nada.
Não és nada.
O SOBRADO
Portas entreabertas,
Ainda encontro a atmosfera
De quem um dia frequentou.
Decadência a olhos vistos.
Minhas lembranças fazem
Sentir ainda o perfume no ar,
Ouço muitas vozes,
Ao fundo, Waldick Soriano!
O meu encontro com as damas da noite.
Quantas lembranças de um adolescente,
Quantos carinhos trocados, amor sem medo,
Sem proteção, amor sem promessas,
O tempo passa e hoje naquela rua,
Impera o silêncio, o caos, decadência.
Não ouço mais nada,
Me calo ao silêncio
De um sobrado decadente.
MEU CAMINHO
Pelo caminho notei,
Que por onde pisava
As pedras estavam umedecidas.
Não pelo orvalho da madrugada
Mas sim pelas tuas lágrimas derramadas.
Pelo caminho notei,
Que o ar da manhã,
Que exalava sempre o perfume das rosas,
Não mais existia,
Sentia-se apenas a brisa.
Sigo minha caminhada à procura
De quem um dia desprezei
Quero enxugar esse pranto
Quero transformar esse tédio em alegria.
Quero pedir perdão
Pelo desprezo que te fiz passar.
Quero devolver este amor
Compartilhar contigo
Para que, juntos, possamos novamente
Voltar a ser uma só carne,
Como sempre fomos.
SOLIDÃO
Vivo na solidão da sua companhia,
Amenizo esse vazio, em pensamentos,
Que somente poderia ter,
Vivo na solidão de sua companhia,
Num mundo imaginário que criei,
Para suprir essa solidão.
UM CORPO
Um corpo desejoso
Repousa sobre a cama
À espera do seu verdadeiro amor.
Um corpo de mulher escultural,
Com suas curvas bem definidas
Com contornos belos e delicados,
À espera de quem a merecesse,
E assim pudesse suprir
Suas necessidades de mulher.
Um corpo sobre a cama,
Um desejo, uma carência
À espera de alguém que pudesse
Ama-la e tê-la para sempre.
*
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Página publicada em março de 2025.
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